Arquivo do mês: junho 2011

11.06.11 O futuro combustível dos carros elétricos

O lítio e o níquel terão que procurar outro emprego. Na bateria não!

Um grupo de estudantes do Massachusetts Institute of Technology, nos Estados Unidos, está desenvolvendo um projeto que pode ser a solução para as recargas de veículos elétricos. Elas serão mais rápidas e mais baratas.

A bateria vai se libertar do lítio e do níquel para adotar elétrons em células semi-sólidas. Com isso, as partículas carregadas ficam suspensas em uma solução de eletrólitos e são bombeadas entre os compartimentos usados para armazenar e libertar energia.

Os carros elétricos são ótimos para o meio ambiente e com a nova tecnologia devem fazer bem ao bolso. Segundo o projeto, as baterias vão ficar 10 vezes mais eficientes que as comuns, além de ter a produção mais barata. O projeto poderá reduzir também o tamanho e o custo das baterias atuais em 50%. E o melhor: a recarga deve demorar o mesmo tempo que o abastecimento com gasolina. O protótipo deve ficar pronto nos próximos 18 meses.

 

10.06.11 Honda Civic 2012 é flagrado em Londres

O modelo camuflado instiga a imaginação da imprensa européia sobre como deverá ser seu visual

O Honda Civic 2012 para a Europa ainda continua um pequeno mistério, especialmente em relação ao visual da parte frontal. No entanto, o modelo camuflado instiga a imaginação da imprensa européia sobre como deverá ser seu visual.

O hatch japonês foi visto no centro de Londres e não revela muita coisa, mesmo com camuflagem mais leve do que em flagrantes anteriores. Mesmo assim, faróis mais puxados podem ser observados, embora os europeus questionem mais suas características técnicas do que estilo.

Fala-se que o modelo herdará a mesma plataforma do Civic atual, o que inclui a suspensão traseira com eixo de torção no lugar da multilink conhecida no sedã em todo o mundo. Embora menos volumosa e prática para ganho de espaço, é menos eficiente que os braços múltiplos.

Além disso, a motorização deverá ser a mesma, salvo alguma outra versão mais eficiente, para evitar o pagamento de multas por emissão em Londres e outras regiões da Europa. O sistema Start&Stop será quase obrigatório no Civic 2012 europeu.

7.06.11 Saiba que cuidados tomar ao dirigir na chuva

Nas rodovias brasileiras 4 de cada 5 acidentes ocorre em dias de chuva

Pista escorregadia, visibilidade comprometida, trânsito lento – em dias de chuva o motorista deve ter atenção redobrada. Mesmo que esteja trafegando em vias com pouco movimento.

O acúmulo de água nas vias reduz o atrito dos pneus e a frenagem se torna muito lenta. A pista molhada fica tão escorregadia quanto se estivesse coberta por óleo diesel.

A frenagem na chuva é um dos principais perigos. É importante evitar frear bruscamente, pois quando isso ocorre as rodas travam e o motorista perde o controle sobre o veículo. O correto é pisar no freio e quando as rodas travarem tirar o pé do freio. Nas curvas é ideal diminuir a velocidade pela metade frear antes de começar a manobra e não durante.

As chuvas aumentam em até 40% o risco de acidentes e, por isso, alguns cuidados devem ser tomados para se evitar acidentes.

 

 

Dicas de segurança:

  • Fazer revisão periódica nos pneus, freios, limpadores e faróis do veículo;
  • Para ter melhor visibilidade use o ar-condicionado e o desembaçador elétrico traseiro ou abra um pouco os vidros para deixar o ar circular pelo carro;
  • Reduza a velocidade e mantenha maior distância do veículo da frente;
  • Mantenha os pneus calibrados e evite frear quando cair em um buraco para diminuir o efeito do impacto;
  • O acúmulo de água na pista pode provocar a aquaplanagem, quando os pneus perdem o contato com o asfalto, por isso evite freadas ou mudanças bruscas de velocidade;
  • Em caso de enchente, abandone o veículo assim que o nível de água atingir o batente do carro, pois pode começar a boiar;
  • Se houver pouca visibilidade em função de chuva ou neblina, pare e espere as condições do tempo melhorarem, caso possa fazer isso com segurança.

 

2.06.11 Tudo que você precisa saber sobre baterias

A bateria é o mais importante na hora de ligar o carro. Se ela não funcionar, o carro não pega.

O sistema elétrico é um dos mais importantes e vitais de um veículo, por isso necessita manutenção freqüente e cuidados especiais na hora de uma eventual reparação, inclusive na simples troca de uma bateria. Todo mecânico diz que sabe trocar uma bateria, mas será que ele sabe a aplicação correta para um determinado tipo de carro e os acessórios eletrônicos que oferece?

1) A bateria automotiva é montada dentro de uma embalagem feita em polipropileno expandido ou injetado. Em sua tampa existe uma sobretampa por onde é feita a condensação dos gases quando a bateria está em recarga. Ainda na tampa, existem buchas metálicas, nas quais são soldados os pólos, além de um visor conhecido como olho de carga, que informa a carga da bateria.

2) Internamente, a bateria é composta de várias grelhas, que podem receber um “material ativo positivo”, na cor amarelada, ou um “material ativo negativo”, na cor cinza. Essas grelhas formam blocos de placas que ficam em subdivisões. A capacidade da bateria, em ampère-hora (Ah), é que determina a quantidade de placas que formam os blocos.





Obs.: É importante verificar sempre se a bateria está bem fixada em seu alojamento no veículo, para evitar que o componente “chacoalhe” dentro do alojamento, agitando suas placas internas e desagregando os materiais ativos das grelhas, o que diminui sua vida útil.
3) Em cada bloco, as placas positivas e negativas são soldadas formando dois pólos, que são interligados dentro da bateria por conexões de chumbo denominadas de “strap”.(3a) Essas conexões são soldadas em um processo específico, denominado “solda TTP”.(3b) De formato arredondado, a solda possui um diâmetro específico que serve de condutor para passar a potência da corrente de partida, solicitada para fazer o motor funcionar.(3c)

 

3a 3b
3c

4) As buchas localizadas na tampa da bateria são soldadas nas hastes que estão nos blocos de placas das extremidades da bateria.(4a) A solda maciça é de aproximadamente 5 mm de espessura. Externamente, o pólo da bateria aparenta ser maciço mas, na verdade, a parte maciça é apenas aquela da solda entre a haste e a bucha.(4b)

4a 4b

5) Por isso, se ao realizar a manutenção ou troca da bateria, o técnico tiver dificuldade para encaixar o cabo no pólo, evite dar pancadas para não causar ruptura na região da solda entre a haste e a bucha, rompendo o pólo internamente.

Como utilizar o multímetro

6) Para utilizar o multímetro de forma adequada, o técnico deve tomar alguns cuidados: o cabo preto deve sempre estar conectado no comum do aparelho, que pode variar de posição dependendo do modelo utilizado. (6a)




Para medir a tensão que o alternador está enviando ou até mesmo o estado da carga da bateria, devemos conectar o cabo vermelho no “V” de volts. Lembre-se que o multímetro possui duas escalas padrões para aferição: em corrente alternada ou corrente contínua. (6b)
Para realizar os diagnósticos na bateria utilize sempre a escala de tensão ou voltagem contínua. Posicione os cabos em paralelo com a bateria, utilizando a ponta de prova vermelha sempre no pólo positivo e a preta no negativo.(6c)

6a 6b
6c

 

Checando a fuga de corrente

7) Para checar a inicie fuga de corrente, desconectando o pólo negativo da bateria para evitar curtos-circuitos no sistema. Com o multímetro em escala de ampère contínuo,(7a) faça a ligação em série com a bateria e meça a fuga. Nesse caso, a fuga ficou em 0,068 ampère.(7b)

7a 7b

Obs.: Muitos técnicos utilizam de maneira incorreta uma lâmpada ligada a uma haste metálica para medir a fuga de corrente. Na verdade, este processo serve para medir a condutância (ou capacidade de condução) de um sistema elétrico e não é indicado para medir a fuga de corrente. Isso porque a lâmpada começa a incandescer somente com valores acima de 350/400 miliampères, o que é considerado um valor muito alto para os padrões dos veículos atuais. Portanto, faça sempre a medição com um multímetro.

8) Antes de dar a partida no motor, verifique se os cabos estão bem conectados nos pólos da bateria. Utilize o equipamento adequado e que possua um alicate amperímetro. Conecte os cabos do aparelho na bateria e acerte o componente na escala de 600A para detectar o pico da corrente de partida. O alicate amperímetro possui uma seta com um sinal de positivo gravado na lateral do componente. Coloque o alicate de forma que a seta sempre indique a direção do positivo da corrente, ou seja, a traseira da seta deve sempre ser voltada para o pólo negativo da bateria.

9) Com o alicate, realize o acerto na escala de ampères do aparelho, que deve indicar zero. Dê a partida no motor e cheque o pico da corrente de partida e o índice de recarga que está sendo disponível pelo alternador. Esse índice deve diminuir conforme a bateria for recarregada. Ligue os consumidores, que podem alterar o equilíbrio elétrico, e verifique se o sistema está com índice negativo (Ib-) ou positivo (Ib+).

 

Dicas sobre baterias 

Sempre que receber a bateria de seu fornecedor, verifique se a peça não sofreu danos devido a quedas ou pancadas durante o transporte. Se o produto estiver com defeito e vazar a solução sulfúrica da bateria, neutralize o ácido com uma solução de sulfato de sódio. Para isso, misture 100 grs de bicarbonato de sódio em um litro de água e coloque em contato com a solução sulfúrica até que a mistura neutralize o ácido. A neutralização acontece assim que a reação entre as soluções parar de borbulhar.

 

Diagnóstico do equilíbrio elétrico do veículo 

Para diagnosticar a morte prematura de uma bateria é muito importante a realização da análise do equilíbrio elétrico do veículo. Conecte o pólo negativo na carcaça/lataria do veículo. Desse pólo sai uma ligação para o motor de partida, que segue para o alternador e a caixa de fusíveis do veículo, responsável por ligar o sistema aos botões de liga/desliga dos consumidores elétricos do veículo. Todos esses componentes também são aterrados à lataria do veículo.

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O alternador gera a corrente em ampères conforme a rotação do motor, ou seja, dependendo da rotação o alternador consegue gerar mais ou menos energia para o sistema. Em marcha lenta o alternador gera cerca de 60% da sua capacidade nominal (75 A), ou seja, algo em torno de 42 ampères. Quando o motor é acelerado e passa as 1.500 rpm, o alternador consegue gerar mais energia, chegando aos 95% ou 70 ampères.

Ao instalar mais consumidores elétricos (travas, som, ar-condicionado etc) em um veículo, o consumo elétrico aumenta. Se o veículo é muito utilizado em condições de trânsito urbano, nas quais o motor trabalha em marcha lenta na maioria do tempo, a capacidade de geração do alternador pode ficar menor que o consumo elétrico destes consumidores, gerando um desequilíbrio e fazendo com que a bateria entre para suprir mais energia e equilibrar o consumo. Assim, a bateria passa a fornecer energia ao invés de ser recarregada pelo alternador, criando um índice negativo de carga. (Ib -). Isso faz com que a bateria sofra maior quantidade de ciclos de carga/descarga, diminuindo assim a sua vida útil.

Para checar o desequilíbrio elétrico em um veículo, coloque um alicate amperímetro na saída do cabo positivo da bateria e, com o motor ligado na marcha lenta e os consumidores acionados, verifique o índice de carga da bateria. Se o veículo estiver com o índice negativo (Ib -), o recomendado é realizar a troca do alternador por um componente de maior capacidade de geração de energia. A troca apenas da bateria não resolve o problema, pois o índice negativo continuará existindo no veículo.

Fonte: O Mecânico