12 Dicas sobre velas de ignição

Uma vela em boas condições é essencial para garantir o bom funcionamento do motor. Confira a seguir 12 dicas práticas sobre o estado da vela: a aparência dos eletrodos e do isolador revela informações importantes sobre o funcionamento da vela, o combustível e o motor. Analisando o estado da vela de ignição você pode identificar o problema do motor.
Mas antes de uma avaliação, duas condições devem ser satisfeitas:
1. o veículo deve ter rodado um percurso de pelo menos 10 Km, com o motor funcionando em diferentes rotações, todas situadas na faixa média de potência;
2. evite um funcionamento prolongado em marcha lenta antes do desligamento do motor.
1 – NORMAL
– O pé do isolador apresenta-se amarelado/cinza ou marrom-claro.
– Motor em boas condições.
– Índice térmico da vela está correto.
2 – FULIGINOSA (CARBONIZAÇÃO SECA)
O pé do isolador, os eletrodos e a cabeça da vela cobertos por uma camada fosca de fuligem preto/aveludada (seca).
Causas: carburador regulado com mistura rica.
– Filtro de ar sujo.
– Afogador automático com mau funcionamento.
– Afogador manual puxado por longo tempo.
– Uso de combustível fora da especificação.
– Motor funcionando em baixa rotação por tempo prolongado.
– Ponto de ignição atrasado.
– Uso de vela incorreta – vela muito fria para o tipo de motor.
Efeitos: falhas de ignição.
– Motor falha em marcha lenta.
– Dificuldades de partida a frio.
Soluções: regulagem correta do carburador e do ponto de ignição.
– Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
-Substituia o filtro de ar.
– Acelere o motor (rodando com o veículo) lentamente até a carga total (rotação máxima), para queimar os resíduos de carbono.
– Evite que o motor funcione por muito tempo em marcha lenta, especialmente quando estiver frio.
– Utilize vela correta para o tipo de motor.
3 – OLEOSA (CARBONIZAÇÃO OLEOSA)
O pé do isolador, os eletrodos e a carcaça apresentam-se cobertos por uma camada fuliginosa, brilhante, úmida de óleo e por resíduos de carvão.
Causas: em motores de 2T – óleo em excesso na mistura.
– Em motores de 4T – óleo em excesso na câmara de combustão – guias de válvulas, cilindros e anéis do pistão estão gastos.
Efeitos: dificuldade na partida.
Falhas de ignição – motor falha na marcha lenta.
Soluções: em motores de 2T, use a proporção correta de mistura.
Em motores de 4T, retifique o motor – troque as velas.
4 – RESÍDUOS LEVES DE CHUMBO
Resíduos amarelado-escuros no isolador. O pé do isolador coberto por uma fuligem amarelo-clara, aspecto de fosca a brilhante.
Causas: aditivos antidetonantes no combustível, como tetraetila e tetrametila de chumbo.
Efeito: se o pé do isolador chegar a temperaturas muito altas, os resíduos de chumbo se transformarão em condutores elétricos, fato que pode ocorrer com o veículo em alta velocidade, causando falhas de ignição.
Soluções: Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
– Troque as velas, pois é inútil tentar limpá-las.
5 – RESÍDUOS GROSSOS DE CHUMBO
O pé do isolador apresenta-se parcialmente vitrificado e de cor amarelo-marrom.
Causas: aditivos antidetonantes no combustível, como tetraetila e tetrametila de chumbo. A vitrificação denuncia a fusão dos resíduos sob condições de forte aceleração de veículo.
Efeito: se o pé do isolador chegar a temperaturas muito altas, os resíduos de chumbo tornar-se-ão condutores elétricos, fato que pode ocorrer com veículos em alta velocidade, causando falhas de ignição.
Soluções: aconselha-se averiguar a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
– Troque as velas, pois é inútil tentar limpá-las.
6 – RESíDUOS / IMPUREZAS
Camada de cinza grossa no pé do isolador, na câmara de aspiracão e no eletrodo-massa, de estrutura fofa e até cheia de escórias.
Causas: aditivos do óleo ou do combustível deixam resíduos incombustíveis na câmara de combustão (pistão, válvula, cabeçote) e na própria vela. Isso ocorre especialmente em motores com um consumo de óleo acima do normal, ou quando se utiliza combustível de qualidade inferior.
Efeitos: perda de potência do motor, decorrente de ignições por incandescência e danos ao motor.
Soluções: Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
– Troque as velas.
– Regular o motor.
7 – SUPERAQUECIMENTO
Eletrodo central fundido parcialmente.
Causas: combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência, por exemplo, de uso de vela muito quente; resíduos na câmara de combustão; válvulas defeituosas; ponto de ignição muito adiantado; mistura muito pobre; sistema de avanço do distribuidor com defeito; combustível de má qualidade; vela mal apertada.
Efeitos: falhas de ignição.
– Perda de potência.
– Danos ao motor.
Soluções: Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
– Substitua as velas.
8 – ELETRODO CENTRAL FUNDIDO
Eletrodo central completamente fundido, possível trinca no pé do isolador e eletrodo-massa parcialmente fundido.
Causas: superaquecimento do eletrodo central, que pode trincar o pé do isolador.
– Combustão normal com detonação ou ponto de ignição excessivamente adiantado.
Efeitos: falhas de ignição.
– Perda de potência.
– Danos ao motor.
Soluções: revise o carburador, o ponto de ignição, o distribuidor e o motor.
– Utilize velas corretas para o tipo de motor.
– Substitua as velas.
9 – ELETRODOS CENTRAL E MASSA FUNDIDOS
Causas: combustão por incandescência causada por temperaturas extremamente elevadas na câmara de combustão em decorrência, por exemplo, de uso de vela muito quente; resíduos na câmara de combustão; válvulas defeituosas; ponto de ignição muito adiantado; mistura muito pobre; sistema de avanço do distribuidor com defeito; combustível não especificado para o tipo de motor.
Efeito: antes do dano total do motor, ocorre perda de potência.
Soluções: revise o carburador, o ponto de ignição, o distribuidor e o motor.
– Utilize velas corretas para o tipo de motor.
– Utilize combustível adequado para o tipo de motor.
– Substitua as velas.
10 – DESGASTE EXCESSIVO DO ELETRODO CENTRAL (EROSÃO)
Causa: não verificar o tempo recomendado para a troca das velas.
Efeitos: solavancos do motor devido a falhas de ignição (especialmente na aceleração do veículo); a tensão de ignição exigida, pela grande distância entre os eletrodos, é alta demais.
– Partida difícil.
Solução: Troque as velas ou examine-as de acordo com as instruções dos fabricantes.
Certifique-se do tipo ideal ao modelo do veículo consultando sempre a tabela de aplicação ou a recomendação do fabricante.
11 – DESGASTE EXCESSIVO DOS ELETRODOS MASSA E CENTRAL (CORROSÃO)
Causas: presença de aditivos corrosivos no combustível e óleo lubrificante. Esta vela não foi sobrecarregada termicamente, não se tratando, portanto, de um problema de índice térmico. Depósitos de resíduos provocam influências no fluxo dos gases.
Efeitos: solavancos do motor devido a falhas de ignição (especialmente na aceleração do veículo).
– Partida difícil.
Soluções: troque as velas. Certifique-se do tipo ideal ao modelo do veículo, consultando sempre a tabela de aplicação ou a recomendação do fabricante. Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.
12 – PÉ DO ISOLADOR TRINCADO
Causas: dano causado por pressão no eletrodo central como conseqüência do uso de ferramentas inadequadas na regulagem da folga. Exemplo: abrir os eletrodos com uma chave de fenda.
– Corrosão do eletrodo central por aditivos agressivos no combustível.
– Depósitos de resíduos de combustão entre o pé do isolador e o eletrodo central.
Efeitos: falhas de ignição (a faísca salta entre o isolador e a carcaça).
– Partida difícil.
Soluções: troque as velas. Certifique-se do tipo ideal ao modelo do veículo, consultando sempre a tabela de aplicação ou a recomendação do fabricante.
Examine a qualidade do combustível que está sendo utilizado.